O julgo que pesa sobre os ombros dos comerciários não é pequeno. Baixos salários, horas extras trabalhadas e não pagas, falta de assinatura na carteira de trabalho, extrapolação da jornada de trabalho. Como se não bastasse alguns comerciantes desrespeitam os feriados, abrindo irregularmente as respectivas casas comercias.
O Sindicato dos Comerciários tem apelado a todas as formas de luta para que a categoria tenha direito ao gozo do final de semana e dos feriados: ações judiciais, fiscalização da prefeitura, denúncias ao Ministério do Trabalho e Emprego e ao Ministério Público do Trabalho, além de manifestações através da imprensa e mobilizações em frente aos estabelecimentos infratores. Apesar de tudo, o sindicato sempre esteve aberto à negociação e vários segmentos do comércio já funcionaram em feriados através de acordos bilaterais.
Infelizmente certos comerciantes preferem o enfrentamento ao invés dos instrumentos jurídicos cabíveis. Foi o que aconteceu no último sábado, 12 de outubro, na Rua Adolfo Maron, quando uma casa comercial abriu de forma irregular e o sindicato, como legítimo instrumento de luta da categoria, teve que se manifestar. O fato se transformou em queixa crime e manchete de jornal. Acusações de violência e ameaça de morte aos dirigentes sindicais. Perguntamos: que ato gerou a violência, se o trabalhador comerciário não possui sequer o direito de gozar da companhia de seus filhos no Dia das Crianças? Por que, apesar de todo o abuso e da falta de respeito à dignidade humana do trabalhador, não foi celebrado o acordo especial de funcionamento?
Convivemos com a exploração capitalista, mas a escravidão já acabou. O comerciário exige e merece respeito!
Quem almeja a paz e a harmonia deve buscar uma conduta consequente, coerente e fraterna.
CENTRAL DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DO BRASIL –
SINDICATOS : BANCÁRIOS, TEXTEIS E CALÇADISTAS, TRABALHADORES NA CONSTRUÇÃO
CIVIL, SERVIDORES MUNICIPAIS, AGENTES COMUNITÁRIOS, TRABALHADORES RURAIS,
SINDICACAU, UNIÃO DA JUVENTUDE SOCIALISTA, UNEGRO, UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES,
UNIÃO DAS ASSOCIAÇÕES DE BAIRROS DE ITABUNA
Fonte: Comerciários na Luta
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