O Congresso Nacional, a Esplanada dos Ministérios e o
Palácio do Planalto ficaram tomados por trabalhadores e trabalhadoras nesta
quarta-feira (19), devido à grande mobilização em defesa da educação pública
realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e
pelas centrais sindicais.
A dirigente nacional da CTB, Marilene Betros, comemorou o
resultado do ato público. "Pessoas de todas as partes do país estão aqui
para mostrar que a educação tem que ser prioridade", afirmou. Ela lembrou
que um dos motivos da mobilização é a luta pela aprovação do Plano Nacional de
Educação (PNE), em tramitação no Congresso Nacional desde 2010. "Queremos
a aprovação imediata do PNE. Também exigimos a aplicação dos royalties do
petróleo e os 10% do PIB brasileiro para o setor. Essa é a nossa luta e estamos
aqui para cobrar uma resposta do Congresso Nacional", ressaltou a dirigente.
Entre os objetivos dos grevistas respeito à lei do piso
salarial da categoria e um plano de carreira que seja atrativo. “Estamos
fazendo negociações com os governadores também para avançar nas conquistas dos
trabalhadores em educação”, acentua Marilene. “Precisamos de mais profissionais
para a educação básica e para o ensino fundamental”, enfatiza. Muitas
manifestações ocorreram nestes três dias de greve pelo país afora.
Também faz parte da pauta de reivindicação das entidades o
cumprimento da lei do piso e a aprovação de plano de carreira para todos os
profissionais de educação. "Queremos mostrar nesses três dias de
mobilização que não aceitamos a atualização do piso apenas pelo índice do
INPC", afirmou Fátima Silva, Secretária de Relações Internacionais da
CNTE.
Os deputados Fátima Bezerra (PT-RN) e Artur Bruno (PT-CE),
membros da Comissão de Educação da Câmara, também participaram do movimento.
"A mobilização dos sindicatos foi fundamental para a aprovação de projetos
de interesse da educação e do Brasil", destacou o parlamentar.
Para Fátima Bezerra, "o caminho é esse: de mobilização
na rua". "Só assim vamos conseguir a principal bandeira da educação
nesse momento, que é a aprovação do PNE", finalizou.
Segundo estimativas da confederação, mais de 2,5 mil
trabalhadores estiveram presentes na mobilização, que contou com apoio de
diversas entidades que representam a educação e trabalhadores e trabalhadoras
de todo o país.
“Mais de 90% dos profissionais da educação básica do país
cruzaram os braços também pela valorização dos profissionais da área e por uma
educação pública de qualidade. Os educadores defendem que o reajusta do Piso
Nacional do Magistério seja com baseado pelo Custo/Aluno/Qualidade”, diz
Marilene.
Ela também enfatiza a luta dos educadores pela questão da
jornada de trabalho, da qual defendem que 1/3 seja utilizada para a preparação
de aulas, estudos e todos os fatores para melhorar o ensino. Além de uma
educação voltada para o desenvolvimento nacional autônomo.
Fonte: Portal Vermelho
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