Reunidos em assembleia nesta quinta-feira (14), os
servidores municipais de Itabuna rechaçaram por unanimidade o reajuste salarial
de 6,41%, proposto pelo governo Vane. Os trabalhadores se concentraram no
estacionamento do Centro Administrativo Firmino Alves enquanto a rodada de
negociação ocorria no gabinete do prefeito.
No entendimento do Sindserv (Sindicato dos Servidores
Municipais de Itabuna) a proposta apresentada é baixa e não atende às demandas
da categoria, que reivindica um reajuste que reponha as perdas salariais e
traga ganho real para os trabalhadores. A proposta da administração prevê ainda
o pagamento do reajuste em duas parcelas, a primeira retroativa a abril,
data-base da categoria, e a outra em setembro. Além disso, o governo não
pretende reajustar o valor do Ticket Alimentação, que, conquistado na campanha
salarial de 2014, sequer teve o projeto de lei de regulamentação encaminhado
para a Câmara de Vereadores.
A presidenta do Sindserv, Wilmaci Oliveira, afirmou que a
prefeitura precisa melhorar muito a proposta para que os servidores assinem o
acordo. “A nossa categoria exige e merece mais respeito e valorização. Queremos
a implantação do Plano de Cargos Carreira e Salários, reajuste e ampliação do
ticket para todos os servidores, melhores condições de trabalho, além de um reajuste
digno”.
GREVE - Apesar de compreender o momento de crise financeira vivido pelo país e todas as dificuldades enfrentadas pelos municípios brasileiros, Wilmaci considera injusto que esta fatura seja paga pelos trabalhadores. “O Sindserv não aceita que nós, servidores, que somos o grande elo entre a gestão e a sociedade, responsáveis diretos pelo bom funcionamento da máquina administrativa, sejamos penalizados por uma crise que não foi criada por nós”, ponderou.
O Sindserv convoca todos os servidores e servidoras a
intensificarem as mobilizações com vistas a pressionar o governo a atender as
reivindicações da categoria. A presidenta levanta, inclusive, o indicativo de
um movimento paredista. “Se o executivo não melhorar a proposta, o caminho será
a greve”, finalizou Wilma.
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