Nesta terça-feira, 31 de maio, os servidores municipais de
Itabuna completam 20 dias de greve. Ao longo deste período foram realizadas
diversas manifestações em órgãos municipais, como secretarias, escolas e postos
de saúde, marcadas por protestos contra a proposta indecente de reajuste zero.
Diante da postura inflexível do governo, os servidores e servidoras deliberaram
pela continuidade da greve, em assembleia realizada na manhã desta
segunda-feira (30). Na oportunidade foi
elabora a agenda de mobilizações do movimento paredista desta semana.
No dia 31/05 (terça-feira) os manifestantes realizam manifestação
no posto de saúde e escolas do bairro Lomanto. Na quarta-feira (01) as
mobilizações ocorrem no bairro Califórnia. Na quinta-feira (02) será realizado
um grande ato político no estacionamento do Centro Administrativo Firmino
Alves. Na sexta-feira (03) servidores e sindicato realizam uma grande
assembleia para avaliar os rumos do movimento.
PREFEITURA INFLEXÍVEL – Apesar do procurador geral do
Município, Mateus Santiago Santos Silva, ter afirmado que “a Prefeitura de
Itabuna se mantém aberta e tem dialogado com os representantes do Sindicato dos
Servidores Públicos (sic) inclusive através de encontros mediados pelo
Ministério Público do Trabalho (MPT)”, a verdade é que a prefeitura tem mantido
sua postura de inflexibilidade. Em apenas uma oportunidade foi apresentada uma
proposta, que mantinha o reajuste zero e ampliava o valor do ticket alimentação,
rechaçada pelos servidores em assembleia, pois não contempla a totalidade da
categoria.
Na audiência com o Ministério Público do Trabalho, ocorrida
no dia 24 de maio, mediada pela Drª Raquel Sampaio Pacífico, procuradora do
Trabalho no município, por videoconferência, a prefeitura enviou prepostos sem
poder de decisão, o que manteve o impasse na negociação.
Durante a audiência, o advogado do sindicato, Drº Everton Macedo,
afirmou que a prefeitura não apresentou números efetivos para comprovar a
impossibilidade de conceder reajuste, sem contar que, segundo o próprio diretor
de contabilidade do município, senhor Jovita, presente à audiência, houve um
aumento da receita em 7,5%.
Uma nova audiência foi agenda para que a
prefeitura apresente ao Sindserv e ao MPT dados financeiros que comprovem sua
incapacidade financeira, o que deverá acontecer no prazo de sete dias. “É
curioso que a prefeitura alega não ter dinheiro para dar reajuste aos
servidores, mas realiza concurso, que na prática será mais oneroso que manter
os contratados”, questiona Wilmaci Oliveira, presidenta do Sinderv, para
emendar em seguida: “Precisamos intensificar as mobilizações para pressionar a
prefeitura a negociar e por isso precisamos da participação de todos os
servidores e servidoras”, convocou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário