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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Com medo das ruas, Temer dá bronca em ministro e manda ele dizer que jornada não muda


Preocupado com a repercussão negativa das declarações dadas pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, na quinta-feira (8), o presidente ilegítimo Michel Temer repreendeu o ministro e pediu que ele retificasse suas afirmações.
O próprio ministro Nogueira informou: "O presidente me ligou, me orientou a reafirmar que o governo não vai elevar a jornada de 8 horas nem tirar direitos dos trabalhadores". Em reunião com a executiva nacional da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), em Brasília, o ministro afirmou que a reforma trabalhista "formalizaria" a jornada de 12 horas diárias.
A reação e as desculpas vieram em velocidade relâmpago, logo após as centrais sindicais e o ex-presidente Lula convocarem um ato "contra a jornada de trabalho de 12 horas" - e este é um dos temas do ato com Lula e Fernando Haddad, nesta sexta-feira (9), às 18 horas, no Sindicato dos Bancários de São Paulo.
O dito pelo não dito
O projeto de reforma que será enviado ao Congresso (após as eleições municipais) prevê a instituição do negociado sobre o legislado, ou seja, vale mais o acordo entre patrões e empregados do que a lei.
Esta medida é combatida pelos sindicalistas justamente por permitir, na prática, o desmonte das garantias previstas na CLT, incluindo o tempo de jornada.
A verdade é que o plano do governo ilegítimo é este mesmo, que Temer, por precaução e medo, tenta disfarçar com esta falsa bronca no ministro. Ele pretende flexibilizar a CLT para que seja possível e descomplicado (sem implicações jurídicas) ampliar a jornada, caso isto seja fruto de uma negociação entre trabalhadores e empregadores.
Centrais sindicais se posicionaram contra as medidas e afirmaram que a proposta demonstra "total desconhecimento" do mercado de trabalho. Em protesto contra as reformas do governo Temer, as principais centrais sindicais estão marcando uma paralisação nacional no dia 22 de setembro.
Portal CTB com agências

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