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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Centrais defendem agenda do trabalhador na 1ª Conferência de Desenvolvimento


No dia 25/11, os presidentes das centrais sindicais CTB, CUT, UGT, Força e Nova Central estiveram reunidos na oficina sobre Trabalhadores e Macroeconomia, na 1a Conferência do Desenvolvimento (CODE), promovida pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), entre os dias 24 e 26 de novembro, em Brasília. Eles defederam que o próximo governo de Dilma Rousseff opte pela valorização do trabalho contra a remuneração do capital na execução do projeto nacional de desenvolvimento.
Em sua intervenção, Wagner Gomes, presidente da CTB, destacou sua preocupação com a fala do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que deve permanecer na pasta, sobre o salário mínimo. Segundo Gomes, que recebeu apoio dos demais presidentes, com a decisão de aumentar ou não o salário mínimo para R$580, como querem os trabalhadores, o governo define qual o rumo que pretende dar ao governo – “se vai valoriza o trabalho ou a especulação financeira”, afirma Gomes.
“A classe trabalhadora está esperando avanços e para se avançar tem que haver mudanças na macroeconomia”, diz o presidente da CTB. Para ele, que mais uma vez teve a concordância dos demais dirigentes sindicais, “não é só erradicar a miséria que precisamos”, criticando a ajuda dada pelo governo aos bancos e empresas na época da crise econômica, que ele chamou de bolsa-crise.
O presidente da CUT, Artur Henrique, complementou a fala de Gomes, dizendo que “as centrais querem saber, na correlação de forças entre capital e trabalho, qual a parte que nos cabe nesse governo (Dilma)”. Ele reforçou o discurso da necessidade de investimentos na qualificação profissional destacando que existem 25 mil pessoas que recebem Bolsa-Família que podem ir para a construção civil desde que sejam capacitados. “A educação é pilar de qualquer desenvolvimento”, enfatizou.
A transferência de renda para os bancos, na opinião geral, é o gargalo que precisa ser transposto para garantir o desenvolvimento do Brasil com ampliação de emprego e renda. As centrais defendem a união dos trabalhadores, governo e empresários para garantir transição da estabilidade, alcançada com o governo Lula, para estabilidade com desenvolvimento.
Os líderes sindicais também foram unânimes em manifestaram o desejo de manter esse união demonstrada na luta pelas metas dos trabalhadores. “Acabou a eleição, nós vamos voltar a nossa pauta de trabalho e negociar com o governo o aumento real do salário mínimo, redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário, e Convenção 151 e 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalhador)", afirmaram.
Para o presidente da CTB foi uma grande iniciativa do IPEA fazer esse debate com os sindicalistas e outros setores da sociedade. "Dessa forma temos condições de tentar influenciar na macroeconomia brasileira. O Brasil precisa de um desenvolvimento voltado para valorização do trabalho e distribuição de renda!", afirmou Wagner Gomes.
A 1a Conferência de Desenvolvimento continua até sexta-feira (26) no canteiro central da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, com entrada franca. O evento promove um amplo debate entre os diversos setores do governo e da sociedade civil em torno das estratégias de desenvolvimento adotadas pelo país. A programação inclui um total de nove painéis temáticos e 88 oficinas, além do lançamento de livros, exposições e apresentações artísticas e culturais, abertas ao público.

Leia mais: www.ctb.org.br

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