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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Eleições 2014: Dilma Rousseff vence primeiro turno


Demorou apenas cinco horas para que a Justiça Eleitoral pudesse divulgar, sem sombra de dúvidas, a escolha que o Brasil deverá fazer no segundo turno das eleições. Ao contrário de todas as previsões, Marina Silva (PSB) foi batida por Aécio Neves (PSDB) e está fora da disputa pela presidência do país, que deverá ser concorrida com a atual presidenta, Dilma Rousseff (PT). Dilma e Marina atingiram os índices de votação esperados pelas previsões - respectivamente 41,59% e 21,32% -, enquanto Luciana Genro acumulou 1,55%, marcando o quarto lugar. Chamou atenção a força com a qual Aécio Neves chegou à segunda colocação, angariando 33,55% dos votos válidos - até a última pesquisa do Vox Populi, ele contava com apenas 23% das intenções de voto, com índices não muito distantes das feitas pelo Datafolha e pelo Ibope. Do total de 142.822.046 eleitores, 80,61% compareceram às urnas em todo o país.
Com isso, o resultado desta primeira etapa das eleições presidenciais foi de 41,59% a 33,55%, algo bem menos folgado do que esperava o comando do PT até agora. Mesmo assim, o comitê eleitoral de Dilma Rousseff se encontrava em grande festa na noite deste domingo (5). "A luta continua. Uma luta que sem dúvida será mais uma vez vitoriosa porque é a luta da maioria do povo brasileiro", disse Dilma em seu discurso público, antes de ser  aplaudida. O candidato Aécio Neves, por sua vez, aproveitou o palanque para lembrar a morte de Eduardo Campos e disse que seu governo será uma homenagem ao ex-governador de Pernambuco, numa tentativa de unir a oposição.
Ainda no domingo, a candidata derrotada Marina Silva já sinalizou apoio a Aécio Neves, em oposição à orientação de esquerda do PSB. Embora não tenha sido clara sobre seus próximos passos, resta à candidata pessebista canalizar os votos que recebeu para um ou outro oponente - algo que teria enorme peso no resultado do segundo turno, apesar da relativa volatilidade de sua base eleitoral.
A votação para o segundo turno acontecerá no dia 26 de outubro, daqui a três semanas.
Nos governos estaduais, PT cresce, Sarneys caem e PMDB domina
Das 27 unidades federativas do Brasil, 14 já decidiram seus governadores no primeiro turno. Chama atenção, acima de tudo, a baixa quantidade de reeleições em meio aos já eleitos: apenas quatro são governadores no mandato atual. Geraldo Alckmin (PSDB-SP), Raimundo Colombo (PSD-SC), Beto Richa (PSDB-PR) e Jackson Barreto (PMDB-SE) foram os únicos a se manterem no cargo. Em contraste com 2010, quando 13 governadores voltaram a seus postos, o resultado choca.
Neste aspecto, uma análise rápida revela novos fatos políticos por todo o país. O PSDB parece ter sofrido o mais duro golpe, tendo eleito governadores em São Paulo e Paraná apenas, frente aos cinco que controla atualmente. No segundo turno, poderá conquistar mais cinco, mas de qualquer forma perderá grande parte de sua influência no Nordeste e no Norte do país - apenas o eleitorado do Sul e Sudeste aumentou para o partido tucano. A perda do estado de Minas Gerais para Fernando Pimentel (PT-MG), onde Aécio Neves pessoalmente nomeou e batalhou pelo sucessor Pimenta da Veiga, é considerada uma derrota retumbante para o partido.
O PT, de forma oposta, foi enfraquecido no sudeste, mas ampliou a pegada que tem nas regiões ao norte brasileiro. Dos quatro governos que detem atualmente, já consagrou três: Minas Gerais, Piauí e Bahia. No último caso, destaca-se a feroz campanha de Jacques Wagner, que conseguiu manter o DEM afastado do Governo. Para o segundo turno, o partido tem a oportunidade de dominar mais quatro unidades federativas, Rio Grande do Sul entre elas - ao contrário de todas as pesquisas, Tarso Genro acabou em segundo lugar nas urnas do estado, com 32,6% dos votos válidos, enquanto José Ivo Sartori (PMDB) levou 40,4% (estimava-se que ele teria apenas 29%).
O PMDB dominou a parte estadual da votação, como em situações anteriores, e pode acabar ocupando 12 estados se vencer nas eleições de segundo turno. Sua maior perda, porém, foi ver acabar a dinastia Sarney no Maranhão, onde Flávio Dino (PC do B) venceu com 63,5% dos votos. O filho de Renan Calheiros, por outro lado, ganhou o posto de governador de Alagoas sem grandes dificuldades, com 52,1%, frente aos 33,9% de Biu Benedito de Lira (PP).
No total de votos para cada partido, entretanto, tanto PT quanto PSDB perderam espaço para partidos menores. PDT e PSD elegeram um governador cada enquanto PROS, PR e PRB juntaram votos suficiente para mandar  candidatos para o segundo turno. No saldo geral, a única legenda que realmente afundou foi o DEM: dos dois governadores que tinha, acabou sem nenhum eleito nem a caminho da próxima fase. Com a perda de representação também no Congresso Nacional (de 28 para 22), o partido dá mais um passo para sua obsolescência.

Fonte: Portal CTB

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