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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

ELEIÇÕES 2014: Momento decisivo para a classe trabalhadora brasileira


Por Rodrigo Cardoso*

No segundo turno das eleições presidenciais disputam dois projetos distintos de país.
­De um lado, em torno da presidenta Dilma, reúnem—se forças progressistas no âmbito popular, social, acadêmico trabalhista e cultural, defendendo 12 anos de governos que vem mudando de forma lenta, mas contínua, a face do Brasil, com programas sociais e econômicos que promoveram a ascensão social de mais de 50 milhões de pessoas.

De outro, reúne—se o que há de mais atrasado na política brasileira, animados pela possibilidade de interromper o ciclo progressista e voltarem a implementar o neoliberalismo radical, com suas políticas privatistas, de redução de investimentos sociais e arrocho salarial traduzidos no “ajuste fiscal”, preconizado já em vários momentos pelo candidato Aécio e seu pretenso ministro da economia, Armínio Fraga, presidente do Banco Central no governo FHC, de triste memória para os trabalhadores.

Alguns setores, iludidos por um discurso fácil de mudança, nem se questionam que tipo de mudanças estão sendo oferecidas pelos tucanos. Ajuda a construir esse clima a atitude da grande mídia que amplifica denúncias sem provas contra um partido, enquanto ignora solenemente os casos que envolvem o candidato Aécio, como a construção com verbas públicas de um aeroporto para uso particular em terreno de parentes, ou de seus aliados, como os desvios de recursos do metrô paulista para irrigar campanhas e fortunas tucanas.

O pior é que essa cortina de fumaça destina—se a encobrir o debate programático oculto e inconfessável. De que a política externa proposta pelos tucanos nos transformaria mais uma vez em capachos dos interesses dos Estados Unidos, incomodados com a política independente e de construção de alternativas de desenvolvimento junto aos outros países emergentes, como o Banco dos BRICS(Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). De que o ajuste fiscal significa menos investimentos públicos em educação e saúde, menos universidades, menos concursos públicos, etc. De que diminuir o papel dos bancos públicos significa menos recursos pra agricultura e pra habitação popular. De que combater a inflação pela demanda, significa arrocho salarial no setor público que acaba se espalhando por todos os setores da economia.

Por isso, a CTB, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, decidiu por unanimidade de sua direção nacional, imediatamente traduzida em atos por toda a base, apoiar a candidatura à reeleição da presidenta Dilma.

Nesse momento não cabe vacilação dos que defendem um Brasil desenvolvido e com valorização do trabalho.


* Presidente do Sindicato dos Bancários de Ilhéus e Região

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