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segunda-feira, 23 de maio de 2016

IMPASSE E GREVE CONTINUAM


Os servidores municipais de Itabuna, em greve desde o dia 11 de maio, devem intensificar ainda mais as mobilizações para forçar o município a apresentar uma proposta de diferente de zero. Este é o entendimento geral do Sindserv (Sindicato dos Servidores Municipais de Itabuna) e dos servidores e servidoras que se mantêm firmes no movimento paredista.
Na manhã desta terça-feira (24) as mobilizações foram concentradas no posto de saúde Roberto Santos e na Escola Luiz Viana Filho, ambas localizadas no bairro Santo Antônio. Pela tarde os servidores compareceram ao Ministério Público do Trabalho, onde ocorreu uma audiência com a presença de representantes da prefeitura e do Sindserv.
A audiência foi mediada pela Drª Raquel Sampaio Pacífico, procuradora do Trabalho no município, por videoconferência. “Nossa data base foi em abril. O mês de maio está acabando e a prefeitura mantêm sua postura intransigente de propor um indecente reajuste zero para os servidores”, registrou Wilmaci Oliveira, presidenta do Sindserv. O procurado do município, o advogado Luiz Philippe Suzarte, alegou que município “já está com 78% de gasto com pessoal” e que o único reajuste que poderia propor seria do Ticket Alimentação, que além de não contemplar o conjunto da categoria ainda é creditado todos os meses com atraso. Questionado pela procuradora se o município não estaria aberto à negociação, o procurador do município afirmou que estava apenas autorizado a conceder reajuste no ticket. “Já é uma prática da prefeitura encaminhar representantes sem poder de decisão às audiências com o Ministério Público, nunca demonstram interesse em apresentar uma proposta efetiva para a categoria”, criticou Wilma.
O advogado do sindicato, Drº Everton Macedo, afirmou que a prefeitura não apresentou números efetivos para comprovar a impossibilidade de conceder reajuste, sem contar que, segundo o próprio diretor de contabilidade do município, senhor Jovita, presente à audiência, houve um aumento da receita em 7,5%.
Diante da falta de representantes com poder de decisão para negociar e da necessidade de avaliar os números que comprovariam a impossibilidade do reajuste, foi agendada uma nova audiência para que esses dados financeiros sejam apresentados aos representantes do sindicato, o que deverá acontecer no prazo de 15 dias.
Na manhã desta quarta-feira (25), com manifestações no posto de saúde José Edite, no São Caetano. De lá, os servidores se direcionarão à prefeitura, onde realizarão um grande ato de protesto, de onde sairão em caminhada rumo à Avenida Cinquentenário para chamar a atenção da sociedade. “Precisamos intensificar as mobilizações para pressionar a prefeitura a negociar e por isso precisamos da participação de todos os servidores e servidoras”, convocou Wilmaci.

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